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Adams Óbvio

Publicado: 6 de novembro de 2011 em propaganda, publicidade
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“Adams Óbvio” e a história de um lendário gênio da propaganda que fez sucesso por ter a capacidade de ir direto ao ponto principal da questão, com uma base mínima de teoria e o máximo de objetividade possível.

Notamos pelo conteúdo da história que Adams primava pela simplicidade. John Sculley define bem essa atitude com a seguinte frase: “A simplicidade é o máximo da sofisticação”.

Ele conseguia enxergar alem do problema. Um exemplo claro disso é a solução que Óbvio sugere a Monarch Hat Company. Seus executivos vêm em busca de solução para uma de suas lojas que não vinha apresentando lucro.  O interessante dessa situação é que na mesma cidade, a empresa tinha uma segunda loja que apresentava lucro satisfatório. Adams é enviado até tal cidade e observa que o problema principal da empresa era a localização da loja. A solução? Mudar aquela filial para um endereço mais rentável, assim que o contrato de aluguel vencesse, para que não houvesse prejuízo na quebra do contrato de locação. Após essa tomada de decisão os resultados foram eminentes.

Ao analisarmos o contexto da historia, notamos grande correlação com a atividade de criação publicitária. Para que um slogan ou um texto seja vivaz aos olhos e ouvidos de seu respectivo público alvo, a ‘obviedade’ deve ser aplicada de maneira adequada.  Mas como devemos atingir o óbvio, já que ele tende a ser tão simples e comum que não tem apelo à imaginação? Todos nós gostamos de idéias geniais, tendemos a exagerar na busca do óbvio. Mas o que às vezes não conseguimos notar é que em todas as atividades, o óbvio sempre funciona.

Podemos testar o óbvio de cinco maneiras:

1. Depois de encontradas, todas as respostas são óbvias

  • Soluções simples para problemas complexos.
  • Depois de resolvido, o problema parece fácil.

2. O óbvio está em harmonia com a natureza humana (simplicidade)

  • Será que as pessoas vão aceitar minhas idéias?

3. O óbvio não gasta papel

  • Nenhuma idéia, plano, programa ou projeto é obvio, a menos que possa ser compreendido e executado por qualquer pessoa de inteligência média.

4. O óbvio brilha no olhar das pessoas (iluminação instantânea)

  • Se uma idéia precisar de explicação longa para ser compreendida, ou não é obvia ou talvez ela não tenha sido reduzida a sua mais obvia simplicidade.

5. O óbvio na hora certa (oportunidade)

  • A identificação do momento exato de ser executada é tão importante quanto checar sua ‘obviedade’.

 

 

Há outros cinco tópicos, esses para que se possa reconhecer o que é obvio. Esses questionamentos conduzem a nossa imaginação pelos caminhos do óbvio. Eles são:

1)  Dá para simplificar?

  • Não se impressione como a coisa sempre tenha sido feita ou como outras pessoas gostariam de fazê-la. O importante é saber a maneira mais simples de realizá-la

2)  Que tal inverter o processo?

  • Imagine como seria se tudo pudesse ser completamente invertido

3)  Quem opina vai comprar?

  • Será que você conta com a aprovação e com a participação do público no seu projeto?

4)  “Ainda sai coelho dessa toca”?

  • Quais oportunidades estão passando despercebidas porque ninguém se importou de examiná-las?

5)  O que era bom pode ficar melhor?

  • Quais são as necessidades específicas do caso?

Se seguirmos esses conselhos a tendência é de que nossa visão como empreendedores (especificamente, nesse caso, na redação criativa) se amplie e deixe de ser tão limitada. No momento que um problema se torna solução, a ‘obviedade’ se destaca e junto com ela a necessidade, sendo que essa já existia de maneira despercebida. O grande segredo é saber jogar com as peças que dispomos e não complicar o que de natureza já e simples.